Independente há menos de meio século, Cabo Verde estava cercada por dúvidas e dificuldades que se agravaram com a chegada da pandemia da Covid-19, acabando com o turismo, a primeira fonte de renda do arquipélago formado por 10 ilhas.
Não bastasse a pandemia e os problemas já existentes, o País vivia a divisão política que em nada facilita a construção dos consensos necessários durante os períodos de crise.
Tendo como língua oficial o português, que sempre norteou os programas eleitorais, a equipe da Via Mercosul percebeu que a língua crioula, usada como segunda língua pelos descendentes de cabo-verdianos espalhados pelo mundo, tinha a força da união que mantém vivos os laços da “Nação cabo-verdiana”, estimulando o orgulho de todos por suas raízes.
A partir desta constatação, criamos um slogan em crioulo para simbolizar a necessidade da união em torno de um mutirão entre os moradores das ilhas e da diáspora, no significativo slogan “Djunta mon, kabéssa y korason”, conclamando a uma ação conjunta envolvendo o pragmatismo ao propormos a reflexão sobre o que precisava ser feito – usando a cabeça e refletindo sobre isto – com a paixão dos que sabem que só assim os sonhos podem se tornar realidade, ou seja, o coração.
A aplicação do conceito em todos os setores e peças da campanha, aliado à solidez do candidato e do grupo crescente de apoiadores, criou a “onda Djunta Mon”, que levou nosso candidato José Maria Neves a vencer o pleito em primeiro turno, o que era considerado impossível no início do pleito, ajudando a pavimentar a retomada necessária da união que tanto traz orgulho e motiva os cabo-verdianos espalhados por todos os continentes.